1º ANO – 2º BIMESTRE


OS SENTIDOS DA GLOBALIZAÇÃO
A ECONOMIA GLOBAL


A MUDANÇA DAS DISTANCIAS GEOGRÁFICAS E OS PROCESSOS MIGRATÓRIOS]

Em Geografia, pode-se afirmar que a globalização diz respeito à construção de novos espaços e novas relações sociais desenvolvidas nesse quadro. Trata-se de uma nova configuração geográfica que se superpõe aos territórios nacionais, por vezes conflituosamente, outras harmoniosamente. Isso pode significar mudanças importantes nos próprios Estados nacionais com a presença, em seus territórios, de pontos de rede de corporações transnacionais e de redes técnicas, propiciando um aumento extraordinário da circulação de capital, de bens industriais, de serviços e informações produzidos na escala mundial.
Essa agilidade da circulação se dá porque os espaços globais são suportes ativos dos processos socioeconômicos que ocorrem na escala mundial. Esses negócios são alimentados pelo que há de mais avançado em tecnologias de produção e circulação. Assim esses espaços da globalização se realizam como expressões geográficas da nova ordem mundial.
O Brasil foi o quarto pais da América a receber a receber pessoas de outros países.
O marco do início da imigração em nosso país foi o decreto assinado em 1808 por D. João VI, que permitia a posse de terras por estrangeiros. A partir daí, grandes contingentes de portugueses, italianos, alemães, espanhóis, eslavos e japoneses, entre outros, procuraram o Brasil como nova pátria.

A IMIGRAÇÃO JAPONESA
O Brasil é o país que tem a maior comunidade japonesa fora no exterior. São 1.500.000 pessoas entre japoneses e seus descendentes. Isso resulta de uma onda migratória proporcionada pelo Tratado de Amizade, Comercio e Navegação Brasil-Japão, assinado em 1895. De 1908 a 1941 migraram para o Brasil 188.986 japoneses. Esse fluxo foi interrompido pela Segunda Guerra Mundial e retomado nos anos 1950, quando vieram mais 53.555 imigrantes.
A situação se inverteu: agora são 225.000 brasileiros que estão trabalhando no Japão. No entanto, atualmente não existe a mesma rigidez na imigração Brasil-Japão quanto houve na imigração Japão-Brasil ocorrido no inicio do século XX, na qual inúmeros camponeses pobres perfizeram os 18.557km em 52 desgastantes dias de viagem dentro de um navio, sem a possibilidade de “bater em retirada” e retornar a sua terra natal. Todavia, algo muito interessante e surpreendente aconteceu na geografia do mundo contemporâneo atualmente o Japão está bem mais próximo do nosso país. Se antes essa distancia eram extensos 18.557km. Nada mudou? Mudou sim: os extensos 18.557km significam 52 dias de navio e os atuais 18.557km correspondem a 24 horas de voo de avião. Em termos gerais, para as populações atuais dos dois países, essa mesma distancia e outra, tem outro significado em suas vidas, mas essa não e a melhor forma de se medir as distancias geográficas. Uma aceleração no percorrer da distancia geográfica. Uma aceleração dada pelo desenvolvimento e pelo acesso a novos meios tecnológicos que fizeram o espaço geográfico ser outra coisa; uma aceleração que altera as relações entre essas duas sociedades (Brasil-Japão).

PROBLEMATIZAÇÃO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS INTERNACIONAIS: ACELERAÇÃO E FECHAMENTO DE FRONTEIRAS
O aumento da mobilidade geográfica de bens, mercadorias e pessoas é a globalização das relações humanas, cujo potencial transformador já demonstrou seu poder, embora muito ainda esteja por acontecer. Nesse novo cenário o documento mais importante nesse mundo globalizado não é mais a carteira de identidade e sim o passaporte.
Potencialmente as condições para que as migrações se acelerem estão dadas:
1 – é mais fácil viajar, os meios de transportes são mais eficientes e os custos mais baratos:
2 – pode-se fazer experiências temporárias. Porem, há restrições político-sociais ao processo migratório. Por isso o que menos circula no “mundo globalizado” são as pessoas. Mesmo assim, as migrações cresceram bastante em comparação com o passado.
3 – No inicio do século XXI, o fechamento das fronteiras fez aumentar o numero de clandestinos, o que é difícil de estimar. Por exemplo: seriam uns sete milhões nos EUA.
4 – Para os países de origem, as consequências por vezes são negativas, como por exemplo, no caso da fuga de cérebros.
5 – As consequências são positivas para grupos que permanecem em razão da remessa de recursos: em 2005 foram 225bilhões de dólares, o que representa mais que a ajuda oficial direta para o desenvolvimento. Por vezes um imigrante sustenta em media, dez pessoas.

A GLOBALIZAÇÃO E AS REDES GEOGRÁFICAS

A INTERNET
A uma organização do espaço geográfico que permite que o mundo esteja aqui e que estejamos no mundo e que a ele pertençamos. Essa nova organização permite que os fluxos se acelerem. E essa nova ordem geográfica é uma ordem de redes geográficas.
Os territórios nacionais possuem fronteiras, distancias geográficas, culturais, políticas e econômicas diversas, mas o contato entre suas populações é cada vez mais intenso e isso se dá por meio de um “concorrente” do território: a rede geográfica. A rede geográfica tem o poder de ultrapassar as fronteiras nacionais.

AS CORPORAÇÕES
Corporação é um grupo que reúne varias empresas de diversos ramos e que concentra muito capital e interesses sob um único controle. Há corporações que tem empresas que atuam no ramo do petróleo, no industrial, no agronegócio, no sistema financeiro e n produção de filmes para o cinema e televisão, por exemplo. Isso só se explica quando os lucros crescem, os grupos econômicos vão diversificando seus negócios e suas localizações, a fim de garantir maiores lucros.
As empresas globais:
Após a Segunda Guerra Mundial, as grandes empresas dos países desenvolvidos “invadiram” os países subdesenvolvidos para fabricar seus produtos e aumentar seus mercados de consumo.
Desse modo, não só fugiram dos pesados impostos e das severas leis trabalhistas de seus países de origem, mas também aproveitaram as vantagens da mão de obra mais barata nas novas unidades. Como seus produtos eram feitos em vários países, ficaram conhecidas multinacionais. Hoje prefere-se denomina-las transnacionais, uma vez que não são empresas de vários países, como a antiga terminologia poderia sugerir, mas empresas de um só país cuja ação ultrapassa fronteiras. As corporações econômicas mais poderosas transcendem os espaços nacionais e criam um espaço global com base numa malha de redes técnicas e geográficas.
 O interesse das grandes empresas é economizar tempo, aumentando a velocidade da circulação. Os fluxos de mercadorias, de serviços, de informações circulando rapidamente pelas redes técnicas (transportes e telecomunicações) no mundo todo permitem o acesso a vastos mercados (e muito mais). As corporações que tem acesso, controle e investimento nessas redes técnicas obtém desse fato uma grande dose de poder econômico.
Nos anos de 1980, as grandes empresas transnacionais perceberam que o modo de produção multinacional já não correspondia ao seu objetivo básico, isto é, mais lucro e aumento dos investimentos. Portento procuraram uma forma de aumentar esses lucros com redução de custos ( matéria-prima e mão de obra).
A empresa transnacional passou, então, a ser global, isto é, a aproveitar todas as vantagens que o espaço mundial oferece. Ela, por exemplo, pode fazer o seu projeto nos Estados Unidos, fabricar os componentes em Taiwan e montar o produto na Argentina. Uma transnacional se instala sempre em lugares onde encontra vantagens para que seu produto chegue ao mercado a preços mais baixos e com maior lucro para a empresa. Na fabrica global, os processos de produção são mundializados, isto é, possuem unidades de produção complementares em  vários países.

OS GRANDES FLUXOS DO COMERCIO MUNDIAL E A CONSTRUÇÃO DE UMA MALHA GLOBAL
Com o fim da velha ordem bipolar e a volta do mundo ao capitalismo, que prioriza o lucro e propriedade privada, a economia mundial passou a funcionar segundo a lógica desse sistema.
As mudanças fundamentais que ocorreram nessa fase do capitalismo financeiro passou a ser chamada de globalização.  Na globalização a um crescente aumento dos fluxos de informações, mercadorias, capital, serviços e de pessoas, em escala global. São as redes, que podem ser materiais (transportes) ou virtuais (internet). A integração de economias, culturas, línguas, produção e consumo através das informações, transformaram o mundo em uma aldeia global. Com a facilidade e a rapidez dos fluxos comerciais e de capitais, entre os países, tornou- os extremamente dependentes uns dos outros, apesar da concorrência. Com a globalização e a economia-mundo, não se discutem apenas problemas econômicos na aldeia global.
Podemos falar, também, na mundialização de questões que devem ser resolvidas por grupos de países. Dentre as quais destacam- se as questões ambientais, o aumento da pobreza, as crises econômicas, os direitos humanos, o trafico de drogas e as ações terroristas. 



Bibliografia:
Almeida, Lucia marina Alves de; e Rigolin, Tercio Barbosa -Geografia – 1º serie no ensino médio – Ed. Atica.
Piffer, Osvaldo – Geografia geral – Ed. IBEP
São Paulo faz escola - Caderno do Professor

2 comentários:

  1. Querido Professor... seu blog foi muito util durante o ano todo... e gostaria que você pudesse postar as materias referentes ao 4º bimestre tambem... obrigada pelo apoio ao conteudo... boa sorte e vou estar sempre por aqui, lendo o que vc postar...abraços...

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  2. cara, legal!
    só precisa corrigir uns pequenos erros de digitação. mas tá bom

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